Sinais Vitais (TEMPERATURA CORPORAL)
SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são um modo eficiente e rápido de monitorar a condição do cliente ou de identificar
problemas e avaliar a resposta do cliente a uma intervenção. Como indicadores do estado de saúde, essas medidas indicam a eficiência das funções circulatória, respiratória, neural e endócrina do corpo.
Os sinais vitais devem ser medidos:
- Na admissão aos serviços de cuidados da saúde;
- Quando avaliar o cliente em visitas domiciliares;
- No hospital, em esquema de rotina conforme prescrições do prestador de cuidado ou os padrões de prática do hospital;
- Antes e após um procedimento cirúrgico ou um procedimento diagnóstico invasivo;
- Antes, durante e após uma transfusão de sangue e hemoderivados;
- Antes, durante e após a administração de medicamentos ou terapias que afetam as funções de controle cardiovascular, respiratório ou de temperatura;
- Quando as condições físicas gerais do cliente são alteradas;
- Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam os sinais vitais;
- Quando o paciente informa sintomas inespecíficos de aflição física.
TEMPERATURA CORPORAL
É a diferença entre a quantidade de calor produzido por processos do corpo e quantidade de calor
perdido para o ambiente externo.
A termorregulação consiste em mecanismos fisiológicos ou comportamentais que regulam o equilíbrio entre calor perdido e calor produzido, sendo o hipotálamo que controla a temperatura corporal do mesmo modo como um termostato funciona .
O local onde a temperatura é mensurada (oral, retal, axilar, membrana timpânica, artéria temporal,
esofágica, artéria pulmonar ou até mesmo a bexiga urinária) é um fator que determina a temperatura do paciente.
Muitos fatores afetam a temperatura corporal, dentre eles.
- Idade;
- Exercício;
- Nível hormonal;
- Ritmo circadiano
- Estresse;
- Ambiente;
A febre ou pirexia ocorre devido à incapacidade dos mecanismos de perda de calor acompanhar o ritmo de uma produção excessiva de calor, resultando em aumento anormal da temperatura. Geralmente, uma febre não é perigosa se permanece abaixo de 38,9 °C. Uma febre verdadeira resulta da alteração do ponto de ajuste hipotalâmico. Os padrões de febre diferem dependendo do pirógeno.
- Febre sustentada: Uma temperatura corporal constante, continuamente acima de 38 °C e com pouca flutuação;
- Febre intermitente: Picos de febre intercalados com temperatura em níveis usuais. A temperatura retorna a níveis aceitáveis pelo menos uma vez em 24h;
- Febre remitente: Picos e quedas de febre sem retorno à temperatura normal;
- Recidivante: Períodos de episódios febris e períodos com valores de temperatura aceitáveis. Períodos de episódios febris e períodos de normotermia muitas vezes duram mais de 24h.
Hipertermia: É uma temperatura corporal elevada relacionada com a incapacidade do organismo de
promover perda de calor ou de reduzir sua produção. A hipertermia maligna é uma condição hereditária em que há produção incontrolada de calor, ocorrendo quando pessoas suscetíveis recebem certas drogas anestésicas.
Terminologia
- Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C
- Afebril: 36,1°C a 37,2°C
- Febril: 37,3°C a 37,7°C
- Febre: 37,8°C a 38,9°C
- Pirexia: 39°C a 40°C
- Hiperpirexia: acima de 40°C
Valores de referência para
a temperatura
- Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C
- Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C
- Temperatura retal: 37°C a 38°C
Causas
Febre ocorre quando uma área em seu cérebro chamada
hipotálamo percebe uma invasão de microorganismos, reage deslocando a
temperatura corporal normal.
A temperatura corporal normal varia ao longo do dia - é
mais baixa na parte da manhã e mais alta no final da tarde e início da noite. A
maioria das pessoas considera 37°C uma temperatura normal, mas ela pode variar
um pouco a menos, ficando entre 36,6° e 37,8°C. Fatores como ciclo menstrual ou
exercícios pesados podem afetar a temperatura corporal.
Febre pode ser causada por:
- · Vírus
- · Infecção bacteriana
- · Insolação
- · Queimadura de sol
- · Certas condições inflamatórias, como artrite reumatoide
- · Tumor maligno
- · Alguns medicamentos e drogas, como antibióticos utilizados para tratar a pressão alta ou convulsão.
- · Reação adversa a algumas vacinas
- · Desidratação.
Por vezes, a causa de uma febre não pode ser
identificada. Se o paciente é adulto e tem uma temperatura corporal de 38,3°C
ou mais durante três semanas e o médico não é capaz de encontrar a causa após
extensa avaliação, o diagnóstico pode ser febre de origem desconhecida.
Sintomas
Sintomas de Febre
Em adultos
A febre acontece quando a temperatura sobe acima de sua
faixa normal. O que é normal para você pode ser um pouco maior ou menor do que
a temperatura média de 37°C.
Dependendo do que
está causando a febre, sintomas adicionais podem incluir:
- · Suor
- · Tremedeira
- · Dor de cabeça
- · Dores musculares
- · Perda de apetite
- · Desidratação
- · Fraqueza geral.
- · Febres altas entre 39,4°C e 41,1°C podem causar:
- · Alucinação
- · Confusão
- · Irritabilidade
- · Convulsão
- · Desidratação
Em crianças e bebês
Uma criança tem febre quando a temperatura é igual ou
superior a um destes níveis:
- · Temperatura anal maior que 38 °C
- · Temperatura bucal maior do que 37,5 °C
- · Temperatura axilar maior do que 37,3 °C
- · Temperado no ouvido maior do que 38 °C.
Um sinal comum de febre em bebês é uma testa quente – mas
isso não suficiente para diagnosticar febre. Bebês e crianças também podem
sentir mais preguiça do que o normal.
Outros sintomas associados à febre em bebês e crianças
incluem:
- · Falta de sono
- · Má alimentação
- · Falta de interesse em jogos
- · Letargia
- · Convulsão
Diagnóstico
e exames
Buscando ajuda médica
A febre por si só não pode ser uma causa para
alarme - ou um motivo para procurar ajuda médica. No entanto, existem algumas
circunstâncias em que é necessário procurar um médico para bebês, crianças ou
adultos: febres muito altas, crianças com tendência a convulsões, febre, ainda
que não muito alta, por mais de dois dias, etc.
Verificando
a temperatura
Para verificar a temperatura, você
pode escolher vários tipos de termômetros, incluindo oral, retal, de ouvido
(tímpano) e na testa (artéria temporal).
Você pode usar um termômetro oral para
uma leitura na axila ou boca:
- Ligar o termômetro e verificar se na tela aparece o número zero;
- Colocar a ponta do termômetro debaixo da
- Esperar alguns segundos;
- Retirar o termômetro e verificar o valor da temperatura na tela;
- Limpar a ponta metalizada com algodão ou gaze molhada em álcool.
- Coloque um pouco de vaselina sobre o termômetro
- Deite o bebê em sua barriga
- Insira com cuidado de 1/2 a 1 polegada no reto do bebê
Emergência em crianças
Uma febre inexplicável é motivo de preocupação em
crianças maiores e bebês. Chame o médico se o bebê:
- · É menor de três meses, e tem uma temperatura retal de 38°C ou superior
- · Está entre as idades de três a seis meses, tem uma temperatura de até 38,9°C e parece extraordinariamente irritado, letárgico ou desconfortável
- · Está entre as idades de seis a 24 meses e tem uma temperatura superior a 38,9°C que dura mais de um dia, mas não mostra outros sintomas
- · Está entre as idades de seis a 24 meses e tem uma temperatura superior a 38,9°C acompanhada de sintomas como resfriado, tosse ou diarreia
- · É recém-nascido e tem uma temperatura mais baixa do que o habitual - inferior a 36,1°C. Bebês muito jovens não podem regular a temperatura corporal bem quando estão doentes e podem se tornar frios em vez de quentes.
Crianças
Provavelmente não há motivo para alarme se a criança está
com febre, mas é ativa, faz contato visual com você e responde às suas
expressões faciais e sua voz. Nesses casos, o ideal é repouso e ingerir muito líquido.
Chame o médico se seu filho:
- · Está apático ou irritável, vomita repetidamente, tem uma dor de cabeça intensa ou dor de estômago, ou ter quaisquer outros sintomas que causam desconforto significativo.
- · Tem uma febre depois de ter sido deixado em um carro quente. Procurar assistência médica imediatamente
- · Tem uma febre que dura mais de três dias (em crianças de dois anos ou mais)
- · Aparece apático e não tem contato visual com você.
Adultos
·
Chame
o médico se:
- · A temperatura é de 39,4°C ou mais elevada
- · A febre persiste por mais de três dias.
- · Além disso, procure imediatamente atendimento médico se a febre acompanhar quaisquer destes sintomas:
- · Forte dor de cabeça
- · Inchaço na garganta grave
- · Erupção cutânea incomum, especialmente se a erupção se agrava rapidamente
- · Sensibilidade incomum à luz brilhante
- · Torcicolo e dor quando você dobra a cabeça para frente
- · A confusão mental
- · Vômitos persistentes
- · Dificuldade em respirar ou dor no peito
- · Apatia extrema ou irritabilidade
- · Dor abdominal ou dor ao urinar
- · Fraqueza muscular ou alterações sensoriais
- · Quaisquer outros sinais ou sintomas inexplicáveis.
Na consulta médica
Especialidades que podem diagnosticar uma febre são:
Clínico
Geral e Pediatra.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o
diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com
algumas informações:
Uma lista com todos os sintomas e há
quanto tempo eles apareceram:
- · Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
- · Medicamentos utilizados recentemente.
- · O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- · Quando os sintomas começaram?
- · Qual o método você usou para tirar a temperatura?
- · Qual foi a temperatura do ambiente circundante?
- · Você ou seu filho já tomou qualquer medicação para reduzir febre?
- · Que outros sintomas que você ou seu filho estão enfrentando? Quão grave são eles?
- · Você ou seu filho tem alguma condição crônica de saúde?
- · Quais os medicamentos que você ou seu filho toma regularmente?
- · Você ou seu filho conviveram próximo de alguém que está doente?
- · Você ou seu filho recentemente fizeram uma cirurgia?
- · Você ou seu filho recentemente viajaram para fora do país?
- · O que, se alguma coisa, parece melhorar os sintomas?
- · O que, se alguma coisa, parece piorar os sintomas?
Também é importante levar suas dúvidas para a
consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você
conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta
acabar. Para febre, algumas perguntas básicas incluem:
- · O que está provavelmente causando a febre?
- · Poderia qualquer outra coisa estar causando isso?
- · Que tipos de testes são necessários?
- · Que tipo de tratamento que você recomendaria? Existem alternativas?
- · O remédio é necessário para abaixar a febre? Quais são os efeitos colaterais dos medicamentos?
- · Existem restrições que eu preciso seguir?
- · Existe uma alternativa genérica para o medicamento que você está prescrevendo?
- · Você algum material impresso que posso levar? Quais sites você recomenda?
Tratamento e cuidados
Tratamento de Febre
Os tratamentos variam de acordo com a causa da febre. Por
exemplo, antibióticos seriam utilizados para uma infecção bacteriana, como
faringite estreptocócica.
No geral, os tratamentos mais comuns para a febre incluem
medicamentos como paracetamol, anti-inflamatórios não-esteroides e naproxeno.
Crianças e adolescentes não devem tomar ácido
acetilsalicílico, uma vez que o consumo pode aumentar o risco de uma condição
chamada síndrome de Reye.
Medicamentos
para Febre
A febre pode ter diversas causas, de modo que o
tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por
isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais
indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
Os medicamentos mais comuns no tratamento de febre são:
Advil, Afrin, Apracur, Ácido Acetilsalicílico,
Anador, Arflex, Aspirina 500mg, Benegrip, Buscofem, Clordox, Cimegripe Adulto, Cimegripe Bebê e Criançam,
Cimegripe Dia, Cimelide, Coristina D, Deocil, Dipirona, Doxiciclina, Flanax, Fluviral, Ibupril (gotas), Ibupril 400mg, Ibuprofeno, Lisador, Loxonin, Maxsulid, Multigrip, Naldecon Dia, Naldecon Noite, Nimesulida, Nisulid, Novalgina, Paracetamol Bebê, Paracetamol, Tylenol.
Siga sempre à risca as orientações do seu
médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem
consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito
maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Faça compressas frias no tronco e membros
Usar uma toalha úmida ou com uma bolsa térmica em
temperatura mais fria no tronco e nos membros pode ajudar a diminuir a
temperatura do corpo. Não há uma temperatura ideal, e geralmente a temperatura
da água fria de uma torneira basta. Um bom indicador é colocar a mão na água e
ver se você tolera aquela temperatura - essa é a temperatura ideal para
resfriar a pele sem machucá-la. A medida só não é indicada quando o paciente se
queixa de muito frio e poderia se sentir mal em contato com a umidade. É importante
lembrar também que a aplicação prolongada de uma temperatura muito baixa, em
seu ponto de congelamento, pode acabar resultando em queimadura da pele e até
necrose do local.
Fique em repouso
A febre acelera os batimentos cardíacos, por isso o
repouso é indicado, evitando sobrecarregar o organismo. O repouso é importante
também por que a movimentação durante um processo febril pode ser extremamente
desconfortável e pouco produtiva. Se o paciente não está no melhor de sua
habilidade, pode acidentalmente sofrer uma queda ou acabar se machucando. Por
isso, evite atividades que exigem muita força durante a febre e aguarde o
quadro melhorar para retomar aos poucos a sua rotina. Nos primeiros dias após a
febre você cansará muito fácil, mas isto melhora.
Tome
um banho morno
Uma boa ducha de água morna pode ajudar o paciente a
recuperar a temperatura ideal. Mas porque não água muito fria? A temperatura
muito baixa provoca uma vasoconstricção, em que o sangue se afasta da região
periférica, impedindo assim a perda de água do organismo, mantendo então a
temperatura mais alta.
Prefira
tecidos de algodão
Vale um moletom ou uma camiseta de algodão. O importante
é vestir peças confortáveis. O algodão costuma ventilar melhor e reduz a
sensação de desconforto, principalmente durante o sono quando o paciente pode
suar excessivamente. Se você estiver usando peças sintéticas, o suor não será
absorvido e sua pele pode ficar irritada, causando desconforto.
Mantenha-se
hidratado
Tomar muita água e líquidos em geral, é essencial para
baixar a temperatura do corpo e prevenir casos de desidratação. Isso porque o
calor da febre faz você suar demais, havendo necessidade de repor os líquidos
perdidos neste processo. Não é necessário ingerir mais água do que o
recomendado normalmente - a pessoa deve beber segundo sua sede. No caso de
crianças pequenas e bebês, líquidos devem ser ofertados com frequência. Observe
se eles mantem fluxo urinário regular para certificar a hidratação.
Coma
adequadamente
Faça uma dieta leve, de digestão simples e adequada às
suas preferências. Se for um paciente adulto ou jovem, não há grandes
preocupações com a quantidade de alimento que será ingerida durante a febre. No
entanto, se for uma pessoa com a saúde mais debilitada, como um idoso que tenha
algum tipo de doenças, uma alimentação mais equilibrada pode ser determinante
do curso da doença. No geral, o gasto calórico aumenta durante a febre, e por
isso uma dieta um pouco mais rica em calorias pode beneficiar essas pessoas com
a saúde mais comprometida.
Atenção
ao uso de medicamentos
Para tratar da febre, é preciso entendê-la e entender a
sua origem. Se a causa da febre for simples, como uma gripe, e não muito alta
(até 38 graus), não há razão para tratar de forma medicamentosa. No entanto, se
ela estiver com dores pelo corpo, mal estar e outros sintomas, o uso de um
antitérmico pode ajudar. Febres acima de 38,5 ou 39 graus costumam cursar com
maior desconforto e são frequentemente medicadas, mas mesmo nestas
temperaturas, se o paciente não referir desconforto, uma boa opção é observar
sem medicar. Uma exceção deve ser feita no caso de crianças pequenas no qual a
febre deve ser tratada para evitar a convulsão febril. Antitérmicos não são
água e usá-los indiscriminadamente pode danificar seriamente a saúde de uma pessoa
- por isso, antes de tomá-los, procure auxilio especializado. Se o medicamento
já foi indicado anteriormente pelo médico em outra ocasião e a febre está
incomodando, o paciente pode ser medicado - desde que encaminhado ao médico
assim que possível para que a causa da febre seja investigada.
Complicações possíveis
·
As
complicações de uma febre podem incluir:
- · Desidratação grave
- · Alucinações
- · Convulsão induzida por febre (convulsão febril), em um pequeno número de crianças de seis meses a cinco anos.
Convulsões febris
Convulsões febris e perda de consciência geralmente
envolvem tremedeira de membros em ambos os lados do corpo. Apesar de alarmante
para os pais, a grande maioria das convulsões febris não causam efeitos
duradouros.
Se uma convulsão ocorre:
- · Coloque seu filho de lado ou de bruços estômago no chão ou solo
- · Remova todos os objetos cortantes perto de seu filho
- · Afrouxe roupas apertadas
- · Segure o seu filho para evitar lesões
- · Não coloque nada na boca de seu filho.
- · A maioria das convulsões para por conta própria. Leve seu filho ao médico o mais cedo possível após o episódio para determinar a causa da febre.
- · Chame a emergência se uma convulsão durar mais do que 10 minutos.
Os seres humanos são
homeotérmicos por natureza, isto é, possuem a temperatura de seu organismo
sempre constante, em torno de 37°C, podendo ter pequenas variações nesse número
(de 0,2°C a 0,4°C). Então, quando há uma queda muito drástica da temperatura
corporal, é preciso ficar atento aos sintomas, pois pode ser hipotermia.
Hipotermia
A perda de calor durante a exposição prolongada ao frio sobrepuja a capacidade do organismo de produzir calor, causando hipotermia. A hipotermia é classificada por meio de mensurações da temperatura central em.- Leve: 36-34 °C;
- Moderada: 34-30 °C;
- Grave:< 30 °C.
A doença pode ser classificada em três etapas:
Primeira
etapa
- A primeira etapa ocorre quando a temperatura corporal cai entre 1 e 2 graus. A pessoa tem arrepios, sua respiração fica mais rápida e as mãos dormentes, impedindo-a de fazer tarefas cotidianas.
- Na segunda etapa, a temperatura corporal reduz em 2 a 4 graus. Os arrepios são mais intensos, os movimentos ficam mais lentos e as extremidades do corpo ficam com um tom azulado. Apesar de estar consciente, a pessoa fica confusa.
- Nesta última etapa, os arrepios cessam e surgem sinais de amnésia. O pulso cardíaco e a respiração diminuem, o que prejudica na atividade celular do indivíduo e acaba causando a morte clínica do paciente.
A hipotermia
pode ser classificada em três tipos:
- Aguda;
- Subaguda;
- Crônica.
Elas se
diferenciam por conta de seu nível de gravidade. Entenda o que caracteriza cada
uma abaixo.
Hipotermia
Aguda
- Esse tipo de hipotermia é caracterizado pela perda brusca de temperatura corporal e se deve a alta exposição ao frio. A hipotermia aguda acontece porque o corpo perde muito mais calor do que é capaz de gerar.
Hipotermia
Subaguda
- Diferente da aguda, a hipotermia subaguda tem como característica a perda gradual e em períodos mais longos da temperatura corporal.
Hipotermia
Crônica
- Como citado no começo do texto, é comum algumas doenças se agravarem nas estações mais frias do ano, o que acaba causando várias consequências, incluindo a hipotermia crônica.
Além dessa
classificação, a hipotermia pode também ser classificada por questões médicas:
- Não-intencional ou acidental;
- Terapêutica ou induzida.
Hipotermia
Não-Intencional ou Acidental
- Esse tipo de hipotermia ocorre normalmente em pacientes submetidos a anestésicos-cirúrgicos ou em vítimas de traumas. Ela acontece por conta da perda excessiva de calor ou a falta de cuidados para prevenir que a condição acontecesse.
Hipotermia
Terapêutica ou Induzida
- A hipotermia terapêutica é aplicada no paciente de forma consciente pela equipe médica e possui objetivos bem específicos: tratamento de hipertensão intracraniana refratária, proteção neurológica pós-ressuscitação cárdio-pulmonar, durante cirurgias neurológicas ou cardíacas de maior complexidade, em algumas afecções que cursam com elevação descontrolada de temperatura, e outras.
A causa
maior da doença é a exposição intensa ao frio sem roupas adequadas ou a imersão
completa ou parcial em água congelada. Porém, há outras causas para a
hipotermia, bem como grupos de riscos mais suscetíveis a contrair a doença:
- Crianças e idosos, pois seus corpos não possuem a habilidade de manter a temperatura corporal estabilizada;
- Pessoas com doenças mentais;
- Pessoas com problemas de álcool e/ou drogas;
- Alguns medicamentos, como antidepressivos e sedativos.
- Determinadas doenças e condições também podem causar quadros de hipotermia:
- Diabetes;
- Lesões na medula espinhal;
- Queimaduras;
- Hipotireoidismo;
- Doença de Parkinson;
- Desnutrição.
Como a hipotermia pode ser classificada em
três tipos de acordo com as condições físicas e climáticas, cada uma possui
sintomas diferentes. Porém, há alguns que se assemelham entre eles.
- Temperatura corporal abaixo de 35ºC;
- Calafrios;
- Fala difícil com voz trêmula;
- Ritmo respiratório lento;
- Pele fria e pálida;
- Perda de coordenação;
- Sensação de cansaço (fadiga);
- Lentidão nos movimentos.
- Sintomas da Hipotermia Aguda
- Temperatura corporal entre 35ºC e 33ºC;
- Sensação de frio;
- Tremores;
- Letargia motora;
- Espasmos musculares;
- Confusão mental;
- Extremidades do corpo com tom acinzentado;
- Pele fria.
- Sintomas da Hipotermia Subaguda
- Temperatura corporal entre 33ºC e 30ºC;
- Sonolência;
- Rigidez muscular;
- Alterações na memória e na fala.
- Sintomas da Hipotermia Crônica
- Temperatura corporal inferior a 30ºC;
- Imobilidade e inconsciência;
- Pupilas dilatadas;
- Frequência cardíaca baixa.
Ao perceber uma pessoa em situação de hipotermia, siga
essas medidas de primeiros socorros:
- Chame uma ambulância imediatamente;
- Enquanto espera o socorro especializado, retire a pessoa do local gelado e dê uma bebida quente a ela (não muito quente, para que não ocorra choque térmico);
- Aqueça as axilas e pernas do paciente (pode ser com bolsas térmicas e cobertores);
- Caso a pessoa esteja com roupas molhadas, retire-as o quanto antes, pois elas absorvem o calor do corpo, impedindo-o de se manter na temperatura adequada.
Tratamento médico
A hipotermia crônica precisa de cuidados médicos e o
tratamento consiste em:
- Fluidos quentes;
- Solução salina injetada na veia;
- Reaquecimento do sangue;
- Reaquecimento do corpo através de máscaras e tubos nasais.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de
um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual
medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso
em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de
informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um
especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga
sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação
médica ou farmacêutica.
Se o paciente com hipotermia crônica não tiver os devidos
cuidados médicos, as seguintes complicações podem ocorrer:
- Congelamento ou morte dos tecidos;
- Frieiras ou danos nos nervos e vasos sanguíneos;
- Gangrena ou destruição dos tecidos;
- Nervos e vasos sanguíneos destruídos por conta da imersão da água gelada;
- A baixa temperatura corporal pode causar a diminuição da atividade celular, causando a morte do paciente.
Como me prevenir da Hipotermia
- Use roupas adequadas em dias frios;
- Proteja a cabeça, pois cerca de 20% do calor corporal é perdido através dela;
- Caso esteja com roupas molhadas, retire-as imediatamente;
- Realize atividades físicas, pois os movimentos corporais ajudam o sangue circular pelo corpo, diminuindo a sua contração.
Comentários
Postar um comentário